Rico e feliz?

30 de Setembro, 2020

Já ouviu falar da FIB, Felicidade Interna Bruta? No Butão esta é uma medida de crescimento, tal como o PIB, Produto Interno Bruto. O conceito foi popularizado pelo rei Jigme Singye Wangchuck, na década de 70, no país que é considerado um dos mais felizes do mundo.

Em muitos países do ocidente, a felicidade aparece, frequentemente, associada à ideia de riqueza material. Uma casa, um carro, um barco ou qualquer outro objeto maior, mais vistoso ou, simplesmente, mais caro.

Os estudos mostram, no entanto, que apesar do aumento dos níveis de riqueza as pessoas não são mais felizes. Já lhe aconteceu querer muito uma coisa e depois de a ter, deixa de lhe dar valor? A recompensa emocional é frequentemente limitada no tempo. Como resultado, temos tendência a definir um novo objetivo e assim sucessivamente.

Seria, por isso, interessante perceber aquilo que nos faz verdadeiramente felizes (ou mais felizes) para evitar alimentar crenças que teoricamente fazem sentido, mas que na prática nos fazem andar em círculos.

No livro Aprenda a Ser Feliz, o autor Tal Ben-Shahar, uma referência na área da Psicologia Positiva, fala da forma como se sentiu depois de ter vencido o campeonato nacional israelita de squash aos 16 anos de idade e das crenças que alimentou para atingir esse objetivo. Entre elas, a ideia de que a vitória era necessária para a realização pessoal e de que a realização pessoal era o meio para chegar à felicidade. Mas não foi isso que sucedeu. Conhece alguém que já tenha passado por uma situação idêntica?

Saber o que nos faz mais felizes é o primeiro passo, mas isso nem sempre significa obter resultados. Isto porque, muitas vezes, decidimos conscientemente adiar os benefícios presentes em prol de benefícios futuros. Então, e se fosse possível ser mais feliz hoje e amanhã?

Há cada vez mais pesquisas neste campo graças a especialistas que dedicaram a vida a estudar o tema e a testar teorias. Nos dias de hoje, há uma boa dose de ciência em matéria de felicidade. Não há receitas milagrosas ou universais até porque todos somos seres únicos e excecionais! No entanto, aliar a introspeção às investigações desenvolvidas, ao longo dos últimos anos, pode contribuir para nos aproximar daquilo a que nos faz mais felizes, independentemente das nossas circunstâncias e das nossas histórias de vida.

 

 

 

 

 

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